domingo, janeiro 18, 2009

Paixão lasciva


Heitor gomes

Teu corpo nu em pelos,
No revolto lençóis de cetim.
Um paul de depravações,
Que me faz alucinar num delírio sem fim.

Teu clamor é meu combustão,
Pedindo mais e sempre mais.
Açoitando-a com a chibata da lascívia,
Como a mais vil das marginais.

Como uma cachorra vagabunda,
Buscando seu dono desesperada.
Com a vulva lúbrica de tanto desejo,
De ser possuída e humilhada.

Maltratada no seu orgulho,
De não saber se controlar.
E uivar como uma loba no cio,
Todas as vezes que quer amar.

Loba insana e selvagem,
Perdida na sua devassidão.
De ser possuída de todas as formas,
Muito além da imaginação.

Seus lábios doce de fel,
Que tem o gosto amargo do pecado.
Faz-me perder todos os sentidos,
Tornando-me um homem dessacralizado.

Seu prazer me leva ao delírio,
Quando sorvo o néctar de suas entranhas.
Você fica toda ébria e desfigurada,
Como a própria deusa de Millus, delirando em devassas chamas.

Seu prazer é a própria libido.
Seu orgasmo é o liquido bento da minha salvação,
Que sacia meu mais profano desejo,
Rebuscando minha obscura perversão.

Seus seios parecem duas estrelas,
Que brilham na escuridão do desejo.
Quando bebo do leite mais sagrado,
Enveredo por caminhos que não conheço.

Caminhos dos deuses Sagrados,
Que conheceram a quintessência do prazer.
Que se consumiram nas chamas das luxúrias
E novamente tornaram a renascer.

No seu interior eu construí minha morada,
Na bica da sua fonte eu mato a minha sede.
No seu seio eu bebo o leite da vida, e
entre suas coxas, eu amarro a minha confortável rede.








2 comentários:

Fernando Martinez disse...

muito interessante o texto

Heitor Gomes disse...

Obrigado Fernando. Legal que gostou.